sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Alimentos Industrializados: Porque não devemos consumir em grandes quantidades!




Os alimentos industrializados fazem parte hoje da nossa alimentação diária, infelizmente é quase impossível viver sem consumir ao menos um alimento que passe por algum processamento na indústria alimentícia.
E infelizmente esse consumo aumenta a cada dia mais. De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF do IBGE, no período de 1974 a 2003 houve um aumento de consumo de 400% de refrigerantes, 400% de biscoitos, 300% de embutidos, 100% de queijos, 50% de carnes e 82% de refeições prontas. Na mesma pesquisa realizada entre 2008 e 2009 destacou-se o alto consumo de biscoito recheado seguido de refrigerantes, doces, pizza e salgadinhos industrializados.
A presença de aditivos alimentares nesses produtos é o que realmente preocupa. Se verificarmos diferentes rótulos de produtos alimentícios encontraremos acidulantes, antioxidantes, aromatizantes e flavorizantes, conservadores, corantes, edulcorantes, estabilizantes, espessantes, antiumectantes, emulsificantes, espumíferos, antiespumíferos, clarificantes.
Mais abaixo irei falar de alguns deles:
Acidulantes: são substâncias capazes de intensificar sabor e conservar os alimentos. O consumo de acidulantes está relacionado com a ocorrência de cirrose hepática, descalcificação dos dentes e ossos.
Existem vários tipos de edulcorantes, vou citar o aspartame: é um adoçante artificial utilizado em mais de 5.000 produtos e cerca de 200 vezes mais doce que a sacarose (açúcar). Estudos associam genotoxicidade (danos ao DNA das células) e carcinogênese ao consumo indiscriminado de aspartame. Foram encontradas evidências de desenvolvimento de câncer de próstata, tumores na mama, linfoma, leucemia (estudos feitos em ratos).
Corantes artificiais: são aditivos sem valor nutricional com objetivo de conferir cor, utilizados pela indústria alimentícia para tornar os alimentos mais atrativos e aceitáveis. Estudos relatam reações alérgicas, asmas, bronquites, alterações imunológicas, hiperatividade e agressividade em crianças, quando consumidos por grávidas aumentam o risco de efeitos teratogênicos, ou seja, crianças nascidas com má formação.
Lembrando que a legislação sempre prevê uma quantidade máxima que pode ser utilizada em cada produto alimentício que não traga malefícios à saúde.
O problema é quando vamos analisar a alimentação da maioria da população: rica em adoçantes artificiais (refrigerantes, PRODUTOS DIET E LIGHT), rica em corantes artificiais (refrescos, balas, iogurtes, pós para pudins, sorvetes, gelatinas, chocolates, biscoitos recheados), demais aditivos (embutidos, temperos prontos, alimentos prontos congelados, margarinas, óleos, dentre outros alimentos industrializados. Aí sim esse consumo desses aditivos de forma cumulativa irão provocar danos ao organismo os consome com frequência.
No Brasil existem aditivos permitidos na indústia alimentícia que atualmente são proibidos em países como Estados Unidos, Noruega, Finlândia, Reino Unido, Áustria, Suécia, Alemanha, França, Dinamarca, Suíça.
Portanto, fiquemos atentos ao que estamos consumindo e evitando ao máximo o consumo de alimentos processados e ultraprocessados.
Se observarmos as frutas, vegetais e legumes, estes não apresentam rótulos nem ingredientes, portanto seu consumo é sempre mais indicado em relação aos alimentos industrializados!!!
Um bom exemplo é a troca de gelatina por uma fruta de sua preferência!
Faça boas escolhas e ganhe mais saúde!

Fontes de pesquisa:
Artigo científico: A review of the genotoxic and carcinogenic effects of aspartame: does it safe or not? (Departamento de Obstetrícia da Faculdade de Ciências da Saúde – Ankara, Turquia)
Artigo científico: Corantes artificiais em alimentos. (Revista de Alimentação e Nutrição do Departamento de Ciências dos Alimentos Faculdade Unicamp, 2003).
Livro: Alimentação, Problema e Solução para Doenças Crônicas. 4ª Edição, São Paulo, 2014.

Pesquisa de Orçamentos Familiares, IBGE, Ministério da Saúde: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pof/2008_2009_analise_consumo/pofanalise_2008_2009.pdf