Os alimentos industrializados fazem parte hoje da nossa
alimentação diária, infelizmente é quase impossível viver sem consumir ao menos
um alimento que passe por algum processamento na indústria alimentícia.
E infelizmente esse consumo aumenta a cada dia mais. De
acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF do IBGE, no período de
1974 a 2003 houve um aumento de consumo de 400% de refrigerantes, 400% de
biscoitos, 300% de embutidos, 100% de queijos, 50% de carnes e 82% de refeições
prontas. Na mesma pesquisa realizada entre 2008 e 2009 destacou-se o alto
consumo de biscoito recheado seguido de refrigerantes, doces, pizza e salgadinhos
industrializados.
A presença de aditivos alimentares nesses produtos é o que
realmente preocupa. Se verificarmos diferentes rótulos de produtos alimentícios
encontraremos acidulantes, antioxidantes, aromatizantes e flavorizantes,
conservadores, corantes, edulcorantes, estabilizantes, espessantes,
antiumectantes, emulsificantes, espumíferos, antiespumíferos, clarificantes.
Mais abaixo irei falar de alguns deles:
Acidulantes: são
substâncias capazes de intensificar sabor e conservar os alimentos. O consumo
de acidulantes está relacionado com a ocorrência de cirrose hepática, descalcificação
dos dentes e ossos.
Existem vários
tipos de edulcorantes, vou citar o aspartame: é um adoçante artificial
utilizado em mais de 5.000 produtos e cerca de 200 vezes mais doce que a
sacarose (açúcar). Estudos associam genotoxicidade (danos ao DNA das células) e
carcinogênese ao consumo indiscriminado de aspartame. Foram encontradas
evidências de desenvolvimento de câncer de próstata, tumores na mama, linfoma, leucemia
(estudos feitos em ratos).
Corantes
artificiais: são aditivos sem valor nutricional com objetivo de conferir cor,
utilizados pela indústria alimentícia para tornar os alimentos mais atrativos e
aceitáveis. Estudos relatam reações alérgicas, asmas, bronquites, alterações
imunológicas, hiperatividade e agressividade em crianças, quando consumidos por
grávidas aumentam o risco de efeitos teratogênicos, ou seja, crianças nascidas
com má formação.
Lembrando que a
legislação sempre prevê uma quantidade máxima que pode ser utilizada em cada
produto alimentício que não traga malefícios à saúde.
O problema é
quando vamos analisar a alimentação da maioria da população: rica em adoçantes
artificiais (refrigerantes, PRODUTOS
DIET E LIGHT), rica em corantes artificiais (refrescos, balas, iogurtes,
pós para pudins, sorvetes, gelatinas, chocolates, biscoitos recheados), demais
aditivos (embutidos, temperos prontos, alimentos prontos congelados,
margarinas, óleos, dentre outros alimentos industrializados. Aí sim esse
consumo desses aditivos de forma cumulativa irão provocar danos ao organismo os
consome com frequência.
No Brasil existem
aditivos permitidos na indústia alimentícia que atualmente são proibidos em
países como Estados Unidos, Noruega, Finlândia, Reino Unido, Áustria, Suécia,
Alemanha, França, Dinamarca, Suíça.
Portanto,
fiquemos atentos ao que estamos consumindo e evitando ao máximo o consumo de
alimentos processados e ultraprocessados.
Se observarmos as
frutas, vegetais e legumes, estes não apresentam rótulos nem ingredientes,
portanto seu consumo é sempre mais indicado em relação aos alimentos
industrializados!!!
Um bom exemplo é
a troca de gelatina por uma fruta de sua preferência!
Faça boas escolhas
e ganhe mais saúde!
Fontes de pesquisa:
Artigo científico: A review of the genotoxic
and carcinogenic effects of aspartame: does it safe or not? (Departamento de
Obstetrícia da Faculdade de Ciências da Saúde – Ankara, Turquia)
Artigo científico: Corantes artificiais em alimentos. (Revista de Alimentação
e Nutrição do Departamento de Ciências dos Alimentos Faculdade Unicamp, 2003).
Livro: Alimentação, Problema e Solução para Doenças
Crônicas. 4ª Edição, São Paulo, 2014.
Pesquisa de Orçamentos Familiares, IBGE, Ministério da
Saúde: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pof/2008_2009_analise_consumo/pofanalise_2008_2009.pdf