O termo disbiose diz respeito ao
desequilíbrio da microbiota intestinal que é constituída por bactérias boas e
bactérias ruins (patogênicas) presentes no intestino humano. Esse processo altera
todo o funcionamento do trato gastrointestinal e impede o melhor aproveitamento
de nutrientes ocasionando assim alguns sintomas, como: aumentando oleosidade da
pele e acne; manchas brancas nas unhas e unhas quebradiças; alterações no peso;
mal hálito e língua esbranquiçada; candidíase vaginal; infecções frequentes; no
estômago pode provocar azia, formação de gases e no intestino constipação; cansaço
frequente e sonolência excessiva após as refeições
A microbiota considerada saudável
(bactérias boas) promove a nós seres humanos inúmeros benefícios que muitas das
vezes não conhecemos, sendo eles:
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Produção de vitaminas K, B12, B5, B6, ácido
fólico e biotina;
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Manutenção da integridade da parede intestinal
(uma parede intestinal íntegra evita com que macromoléculas, metais pesados e
microorganismos patogênicos alcancem a circulação sanguínea, o que iria ativar
o sistema imunológico e desencadear uma série de reações antiinflamatórias no
organismo);
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Síntese de enzimas digestivas, como lactase,
proteases e peptidases responsáveis por fazer a digestão de moléculas maiores e
de difícil digestibilidade;
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Produção de ácidos graxos de cadeia curta, que
são grandes fontes de nutrição para as células intestinais, lembrando que as
células intestinais (enterócitos) são células de intensa renovação ficando
atrás somente da medula óssea;
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Inibição do crescimento de bactérias
patogênicas, fungos e vírus;
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Auxílio no tratamento de alergias, controle do
colesterol, regulação intestinal, prevenção de doenças inflamatórias e autoimunes;
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Fortalecimento do sistema imunológico através da
maturação de células linfoides evitando morte celular.
E como tratar ou evitar a disbiose?
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Aumentando o consumo de água diário;
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Aumentando o consumo de frutas, vegetais e
hortaliças frescas; se possível sem uso de agrotóxicos;
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Aumentando o consumo de peixes e ômega 3 e
evitando o consumo exagerado de carnes vermelhas;
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Ingerindo gorduras boas: abacate, azeite,
castanhas, coco, amêndoas e eliminando gorduras ruins: margarinas, maionese
industrializada, óleo de soja, óleo de canola, embutidos;
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Reduzindo o consumo de açúcar, carboidratos
refinados: pães, bolos, itens de padaria;
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Aumentando o consumo de carboidratos de
qualidade: batata doce, cará, mandioca, mandioquinha;
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Reduzindo o consumo de alimentos
industrializados: gelatinas, adoçantes dietéticos, alimentos em conserva,
temperos em pó e tabletes, alimentos prontos congelados, alimentos de
pacotinhos, refrigerantes e bebidas saborizadas;
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Evitando o uso de medicamentos sem a real
necessidade, principalmente antibióticos, anti-inflamatórios, anticoncepcionais
e laxantes;
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Evitar a entrada de substâncias tóxicas no
intestino: não usar vasilhas plásticas para aquecer alimentos em micro-ondas;
não ingerir água que foram armazenadas em recipientes plásticos e que ficaram
expostos ao sol; evitar o uso de panelas de alumínio ou outro material que
libere substâncias ao aquecer; evitar inalar fumaças; evitar o álcool e
cigarro;
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Armazenando os alimentos em local seco e arejado
evitando assim a proliferação de fungos e bactérias;
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Aumentando a prática de atividade física;
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Evitando o estresse;
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Com uso de probióticos (microorganismo vivos) de
maneira bem orientada.