terça-feira, 5 de julho de 2011

INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS - ALIMENTAÇÃO APÓS SEIS MESES DE VIDA!


Essa é uma fase muito rica de informações e que deve ser levada em grande consideração por parte dos pais, pois nesta fase os hábitos alimentares da criança começam a ser formados e podem ser determinantes para a alimentação futura da criança.

A partir dos seis meses de vida, o leite materno não atende todas as necessidades da criança, necessitando ser complementado.
A alimentação complementar serve para fornecer nutrientes que a criança necessita juntamente com o leite materno. Quando essa complementação não ocorre a criança poderá apresentar deficiências nutricionais, retardo no crescimento, maior risco de infecções, dentre outros agravos.

A alimentação complementar deve se iniciar somente após os seis meses de idade, exceto nos casos de doença ou peso insuficiente.

O leite materno continuará sendo o alimento básico da alimentação da criança. A introdução de alimentos deverá ser lenta, com preparações simples e em pequenas quantidades, deixando a criança comer o que conseguir. Ela não deve ser forçada a comer caso não queira mais.

Cada alimento deve ser introduzido separadamente para verificar se a criança possui alguma alergia alimentar e para que ela se acostume com o sabor e textura de cada alimento.
A alimentação nessa fase deve ser a mais variada possível fazendo com que a criança tenha acesso a todos os nutrientes e formação de bons hábitos alimentares.
No início da introdução alimentar deve-se oferecer somente um alimento novo ao dia, e gradualmente ir oferecendo novos alimentos. Devem ser estabelecidos horários para as refeições e para as mamadas.
A primeira refeição a ser introduzida deve ser a de sal e não a de doce, pois as crianças preferem o sabor adocicado e podem rejeitar as refeições salgadas. Ela deve substituir uma mamada, por exemplo, a do horário do almoço.

Na introdução alimentar é frequente a ocorrência de diarréia. Por isso é importante manter a higiene ao preparar os alimentos, a higiene do local, higiene pessoal e utilizar sempre água filtrada. Não deve ser fornecido alimentos de origem desconhecida (restaurantes, lanchonetes, etc.) e as refeições devem ser preparadas na hora de servir a criança, evitando assim riscos de contaminação e perda de nutrientes.
A criança não deve ser alimentada junto com outras pessoas, pois isso a dispersa. Os pais ou responsáveis devem colocar a criança sentada em um local seguro e em postura reta e administrar a refeição de frente à criança e não com ela no colo.
É importante que a criança comece a pegar os alimentos, mesmo com a mão, pois isso cria independência. Mesmo que isso possa causar muita sujeira.
Devem ser utilizadas colheres e copinhos ao invés da mamadeira, que sejam de plástico para que a criança possa pegá-los e não machucar-se.
O uso da mamadeira desestimula a criança a mamar no peito; incentiva a formação de maus hábitos alimentares; retarda a mastigação; compromete a dentição e pode fazer com que o intestino da criança fique preso por liquidificar as fibras dos alimentos.

Dos 6 aos 8 meses de vida devem ser introduzidos dois a três alimentos por dia; de 9 a 24 meses de vida introduzir três a quatro alimentos por dia. As demais refeições são o leite materno.
Devem ser utilizados cereais como o arroz, e evitar aqueles que contêm glúten, como o trigo, aveia, farelos, estes podem causar intolerâncias na criança e são fatores antinutricionais. Tubérculos como batata, cará e mandioca podem ser utilizados.
Utilizar as leguminosas: feijão (sem casca até os dois anos, pois contém fatores antinutricionais), ervilha e soja;
Carnes: preferir as de boi e aves magras cozidas, pois contêm um menor teor de gordura e evitar o peixe e a carne de porco, pois são alimentos com risco de causar alergias.
Os ovos devem ser evitados inicialmente, pois a clara contém substâncias alergênicas. A gema pode ser introduzida.
As hortaliças são fontes de vitaminas e minerais; devem ser evitadas cruas inicialmente! De preferência devem ser consumidas sem o uso de agrotóxicos - orgânicas!
As frutas são excelentes fontes de vitaminas e minerais, elas devem ser introduzidas inicialmente na forma de suco ou polpa e devem ser utilizadas como complementação de uma refeição, pois fornecem pouca energia. Assim como as hortaliças a preferência deve ser pelas frutas cultivadas sem o uso de agrotóxicos!
Deve ser utilizado o óleo vegetal para preparar as refeições em pequenas quantidades e não devem ser fornecidos: biscoitos industrializados, bombons, margarinas, que possuem gorduras ruins.
A água deve ser oferecida com frequência à criança, somente água filtrada ou fervida; não oferecer chás, cafés, sucos artificiais e refrigerantes, pois estes impedem a absorção de outros nutrientes, contêm altas quantidades de cafeína que é estimulante, muitos conservantes e condimentos e em alguns casos alto valor calórico.
Não ofertar a criança o leite de vaca antes dos dois anos de idade, pois é potencialmente alergênico.
Não oferecer enlatados, embutidos e o mel, são alimentos com grande risco de contaminação.
Açúcares e doces só fornecem calorias vazias e aumentam o risco de cáries.

Inicialmente a criança rejeita os novos alimentos, pois está acostumada com o leite materno, mas isso não significa que ela não gosta daquele alimento. Ele deve ser introduzido diversas vezes até que a criança o aceite. É um período de muita paciência e tolerância dos pais.
À medida que a criança cresce, a consistência dos alimentos deve aumentar gradativamente. No início as refeições são na forma de papinhas, que não devem ser liquidificadas, mas sim bem amassadas e não se devem misturar os alimentos.
Em seguida a papinha deve ser mal amassada, deixando alguns pedacinhos para estimular a mastigação.
Depois não deve ser amassada, mas deve-se picar os alimentos em pedaços maiores, para que a criança mastigue e fortaleça os músculos da face, o que ajudará no processo da fala e mastigação.
Lembrando que a alimentação da criança não deve ser a mesma da família. Deve conter pouquíssima quantidade de sal, óleo, condimentos e alimentos industrializados. Pois os órgãos da criança são ainda imaturos e o excesso desses alimentos poderá sobrecarregá-los.

Abraços e até a próxima!

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